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domingo, 15 de agosto de 2010

Assunção Da Virgem Maria! Festa!

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Hoje é festa nas celebrações Católicas!
Festa da Assunção da Santíssima Virgem ao Céu!

Dogma de Fé:A Assunção de Maria é um dogma solenemente definido por Pio XII em 1 de Novembro de 1950, segundo o qual Nossa Senhora, no termo da sua vida mortal, foi elevada ao céu em corpo e alma.
A Assunção da Virgem é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos (Catecismo da Igreja Católica, 966). Os Orientais celebram este mistério desde o século V com o nome de “Dormição de Maria”. No calendário da Igreja latina celebra-se, com a categoria de solenidade, a 15 de Agosto.

"Vamos analisar o fato histórico, segundo é contato pelos primeiros cristãos e transmitido pelos séculos de forma inconteste.
 Na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois desse fato, permaneceu Ela ainda 25 anos na terra, para educar e formar, por assim dizer, a Igreja nascente, como outrora ela educara, protegera, e dirigira a infância do Filho de Deus.
 Ela terminou sua "carreira mortal" na idade de 72 anos, conforme a opinião mais comum.
 A morte de Nossa Senhor foi suave, chamada de "dormição".
 Quis Nosso Senhor dar esta suprema consolação à sua Mãe Santíssima e aos seus apóstolos e discípulos que assistiram a "dormição" de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai S. Dionísio Aeropagita, discípulo de s. Paulo e primeiro Bispo de Paris, o qual nos conservou a narração desse fato.
 Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria.
 S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens e que logo se multiplicaram os milagres em redor da relíquia sagrada de seu corpo.
 Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que a Providência divina parecia ter afastado, para melhor manifestar a glória de Nossa Senhora, como dele já se servira para manifestar o fato da ressurreição de Nosso Senhor.
 S. Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora.
 Quando retiraram a pedra, o corpo já não mais se encontrava.
 Do túmulo se exalava um perfume de suavidade celestial!
 Como o seu Filho e pela virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram o seu corpo imaculado e o transportaram ao céu, onde ele goza de uma glória inefável.
 Nada é mais autêntico do que estas antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção da Mãe de Deus, encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja, dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.
 Como Nossa Senhora era isenta do 'pecado original', ela estava imune à sentença de morte (conseqüência da expulsão do paraíso terrestre). Todavia, por não ter acesso à "árvore da vida" (que ficava no paraíso terrestre), Maria Santíssima teria que passar por uma "morte suave" ou uma "dormição".
 Por um privilégio especial de Deus, acredita-se que Nossa Senhora não precisaria morrer se assim o desejasse, ainda que não tivesse acesso à "árvore da vida".
 Tudo isso, é claro, ainda poderá ser melhor explicado com o tempo, quando a Igreja for explicitando certos mistérios relativos à Santíssima Virgem Maria que até hoje permanecem.
 Muito pouco ainda descobrimos sobre a grandeza de Nossa Senhora, como bem disse S. Luiz Maria G. de Montfort em seu livro "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem".
 É certo que Nossa Senhora escolheu passar pela morte, mesmo não tendo necessidade.
 Quais foram, então, as razões da escolha da morte por Nossa Senhora?
 Pode-se levantar várias hipóteses. O Pe. Júlio Maria (da década de 40) assinala quatro:
 1) Para refutar, de antemão, a heresia dos que mais tarde pretenderiam que Maria Santíssima não tivesse sido uma simples criatura como nós, mas pertencesse à natureza angélica.
 2) Para em tudo se assemelhar ao seu divino Filho.
 3) Para não perder os merecimentos de aceitação resignada da morte.
 4) Para nos servir de modelo e ensinar a bem morrer.
 Podemos, pois, resumir esta doutrina dizendo que Deus criou o homem mortal. Deus deu a Maria Santíssima não o direito (por não ter acesso à "Árvore da vida"), mas o privilégio, de ser imortal. Ela preferiu ser semelhante ao seu Filho, escolhendo voluntariamente a morte, e não a padecendo como castigo do pecado original que nunca tivera.
 Analisemos, agora, a Ressurreição de Maria Santíssima.
 Os Apóstolos, ao abrirem o túmulo da Mãe de Deus para satisfazer a piedade de São Tomé e ao desejo deles todos, não encontrando mais ali o corpo de Nossa Senhora, deduziram e perceberam que Ela havia ressuscitado!
 Não era preciso ver à ressurreição para crer no fato, era uma dedução lógica decorrente das circunstâncias celestiais de sua morte, de sua santidade, da dignidade de Mãe de Deus, da sua Imaculada Conceição, da sua união com o Redentor, tudo isso constituía uma prova irrefutável da Assunção de Nossa Senhora.
 A Assunção difere da ascensão de Nosso Senhor no fato de que, no segundo caso, Nosso Senhor subiu por seu próprio poder, enquanto sua Mãe foi assunta ao Céu pelo poder de Deus.
 Ora, há vários argumentos racionais em favor da Assunção de Nossa Senhora. Primeiramente, havendo entrado de modo sobrenatural nesta vida, seria normal que saísse de forma sobrenatural, esse é um princípio de harmonia nos atos de Deus. Se Deus a quis privilegiar com a Imaculada Conceição, tanto mais normal seria completar o ato na morte gloriosa.
 Depois, a morte, como diz o ditado latino: "Talis vita, finis ita", é um eco da vida. Se Deus guardou vários santos da podridão do túmulo, tornando os seus corpos incorruptos, muito mais deveria ter feito pelo corpo que o guardou durante nove meses, pela pele que o revestiu em sua natureza humana, etc.
 Nosso Senhor tomou a humanidade do corpo de sua Mãe. Sua carne era a carne de sua Mãe, seu sangue era o sangue de sua Mãe, etc. Como permitir que sua carne, presente na carne de sua santíssima Mãe, fosse corrompida pelos vermes e tragada pela terra? Ele que nasceu das entranhas amorosíssimas de Maria Santíssima permitiria que essas mesmas entranhas sofressem a podridão do túmulo e o esquecimento da morte? Seria tentar contra o amor filial mais perfeito que a terra já conheceu. Seria romper com o quarto mandamento da Lei de Deus, que estabelece "Honrar Pai e Mãe".
 Qual filho, podendo, não preservaria sua Mãe da morte?
 A dignidade de Filho de Deus feito homem exigia que não deixasse no túmulo Aquela de quem recebera o seu Corpo sagrado. Nosso Senhor Jesus Cristo, por assim dizer, preservando o corpo de Maria Santíssima, preservava a sua própria carne.
 Ainda podemos levantar o argumento da relação imediata da paixão do Filho de Deus e da compaixão da Mãe de Deus, promulgada, de modo enérgico, no Evangelho, pela profecia de S. Simeão falando à própria Mãe: "Eis que este menino está posto para a ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada transpassará a tua alma" (Luc. 2, 34, 45).
 Esta tradução em vernáculo (português, no caso) é larga. O texto latino (em latim) tem uma variante que parece ir além do texto em português. "Et tuam ipsius animam pertransibit glaudius" - o que quer dizer literalmente: o mesmo gládio transpassará a alma dele e a vossa.
 Como seria possível que o Filho, tendo sido unido à sua Mãe em toda a sua vida, na sua infância e na sua dor, não se unisse à Ela na sua glória?
 Tudo isso se levanta dos Evangelhos.
 A Assunção de Maria Santíssima foi sempre ensinada em todas as escolas de teologia e não há voz discordante entre os Doutores. A Assunção é como uma conseqüência da encarnação do Verbo.
 Se a Virgem Imaculada recebeu outrora o Salvador Jesus Cristo, é justo que o Salvador, por sua vez, a receba. Não tendo Nosso Senhor desdenhado descer ao seu seio puríssimo, deve elevá-la agora, para partilhar com Ela a sua glória.
 Cristo recebeu sua vida terrena das mãos de Maria Santíssima. Natural é que Ela receba a Vida Eterna das mãos de seu divino Filho.
 Além de conservar a harmonia em sua própria obra, Deus devia continuar favorecendo a Virgem Imaculada, como Ele o fez, desde a predestinação até a hora de sua morte.
 Ora, podendo preservar da corrupção do túmulo a sua santa Mãe, tendo poder para fazê-la ressuscitar e para levá-la ao céu em corpo e alma, Deus devia fazê-lo, pois Ele devia coroar na glória aquela que já coroara na terra... Dessa forma, a Santíssima Mãe de Deus continuava a ser, na glória eterna, o que já fora na terra: "a mãe de Deus e a mãe dos homens".
 Tal se nos mostra Maria na glória celestial, como cantava o Rei de sua Mãe, assim canta Deus de Nossa Senhora: "Sentada à direita de seu Filho querido" (3 Reis, 2, 19), "revestida do sol" (Apoc. 12, 1), cercada de glória "como a glória do Filho único de Deus" (Jo. 1, 14), pois é a mesma glória que envolve o Filho e a Mãe! Ele nos aparece tão belo! E ela como se nos apresenta suave e terna em seu sorriso de Mãe, estendendo-nos os braços, num convite amoroso, para que vamos a Ela e possamos um dia partilhar de sua bem-aventurança!" (original em http://www.lepanto.com.br/dados/ApMariaAS.html)

***
"O trânsito de Nossa Senhora ocorreu a 13 de agosto, e sua ressurreição, assunção e coroação a 15, domingo. Deixemos agora nossa grande Rainha à direita de seu Filho Santíssimo, reinando gloriosa por todos os séculos, e voltemos aos Apóstolos e discípulos que, sem enxugar suas lágrimas, assistiam no sepulcro de Maria Santíssima, no vale de Josafá. São Pedro e São João, que foram os mais perseverantes e contínuos, reconheceram, no terceiro dia, que a música celestial havia cessado, pois já não a ouviam; e como ilustrados pelo Espírito Divino, inferiram que a puríssima Mãe seria ressuscitada e levada aos céus, em corpo e alma, como seu Filho Santíssimo. Conversaram sobre esta opinião, confirmando-se nela; e São Pedro, como cabeça da igreja, determinou que, desta verdade e maravilha se tomasse o testemunho possível. Em outras palavras, que fosse notório aos que foram testemunhas de sua morte e enterro. para isto, juntou todos os Apóstolos e discípulos, e outros fiéis, à vista do sepulcro para onde, no mesmo dia, os chamou. Propôs-lhes as razões que tinha, para o juízo que todos faziam, e com o santo objetivo de manifestar à Igreja aquela maravilha que , em todos os séculos, seria venerável, e de tanta glória para o Senhor, e sua beatíssima Mãe. Aprovaram todos o parecer do Vigário de Cristo, e, com sua ordem, levantaram logo a pedra que fechava o sepulcro; e chegando a reconhecê-lo, oh! milagre de Deus onipotente! Acharam-no vazio! Lá não estava o sagrado corpo da Rainha do céu e da terra, mas sua túnica estrava estendida como quando o cobria, de modo que se conhecia que havia penetrado a túnica, e a lápide, sem as mover, nem as decompor. Tomou São Pedro a túnica, e toalha, venerou-as, ele e todos os demais, ficando certificados da ressurreição e assunção de Maria Santíssima aos céus. E entre gozo e dor, celebraram esta misteriosa maravilha com doces lágrimas, e cantaram salmos e hinos em louvor e glória do Senhor, e de sua beatíssima Mãe. E estavam todos suspensos e olhando, com admiração e carinho, o sepulcro, sem poder afastar-se dele, até que um Anjo do Senhor desceu do céu, e manifestou-se-lhes, dizendo:"Varões galileus, que vos detém e admirais aqui? Vossa Rainha e nossa já vive em alma e corpo, no céu, e reina nele, para sempre, com Cristo. Ela me envia para que os confirme nesta verdade, e vos diga, de sua parte, que vos encomenda, de novo, a Igreja, a conversão das almas, e a dilatação do Evangelho, a cujo ministério quer que volteis logo, como encarregados que sois disso, porque lá de sua glória cuidará de vós." Com estas novas, confortaram-se os Apóstolos, e de fatos, em suas peregrinações, reconheceram o seu valioso amparo, muito mais na hora de seus martírios, porque a todos, e a cada um, apareceu, neles, e apresentou suas almas ao Senhor." (extraído do livro: "Mistica Cidade de Deus - História e Vida da Virgem Mãe de Deus por Soror Maria de Jesus, Abadessa do Convento da Imaculada Conceição de Ágreda, Espanha." -  Irmã Maria de Jesus, traduzido por um vicentino. -- 4ª edição -- Rio de janeiro: Ed. louva a Deus, 1993.)


Que a Virgem Maria Assunta ao Céus nos leve cada dia mais e mais a amar 
e honrar a Seu Divino Filho, Nosso Senhor e Amado Jesus Cristo!

Alegrem-se e Exultem, que no Céu, uma grande recompensa nos espera! No Céu: espera!

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